segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Celular + Direção = Acidente

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir falando ao celular é considerado uma infração média, equivalente a jogar lixo na rua ou andar com o braço para fora da janela. Em entrevista para o site Portal do Trânsito, o diretor-geral do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) do Ministério da Saúde, João Antônio Matheus Guimarães, alerta que o uso do celular, no entanto, é a atividade mais perigosa, pois diminui os reflexos do motorista.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, checar o celular toda hora aumenta em 400% o risco de acidente. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia realizou uma enquete no Rio de Janeiro e em São Paulo que atestou que 84% dos motoristas têm o hábito de dirigir e falar ao celular, embora todos estejam conscientes de que esse é um comportamento perigoso.

Usar fone de ouvido ou dispositivos de alto falante no carro são igualmente prejudiciais, de acordo com alguns especialistas, pois também tiram parte da atenção do motorista. A lei que considera usar celular ao volante uma infração de gravidade média é de 1995, quando os celulares no Brasil eram pouco mais de 4 milhões. Hoje, chegam a 265 milhões.

Para os pedestres também há risco de acidentes associados ao uso do celular. A distração pode fazer com que atravessem sem olhar para os dois lados e não estejam atentos se o sinal está vermelho para os carros, aumentando o risco de atropelamentos.

A responsabilidade pela segurança no trânsito deve ser de todos. Motoristas e pedestres devem colocar a sua segurança sempre em primeiro lugar. O ideal é que, caso o uso do aparelho celular seja urgente, o motorista encoste o carro e o pedestre pare em algum lugar seguro na calçada, realize a atividade e, depois, siga o seu caminho com atenção.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Curiosidades sobre o Trânsito no Mundo

Em 13 de setembro de 1899, morreu em Nova York o primeiro homem vítima de acidente de veículo.

Em 30 de julho de 1893, na cidade de Salvador -Ba, foi inaugurado o Hospital Santa Izabel. Os transporte dos doentes do antigo Hospital para o novo, foi realizado em bondes especiais (de tração animal), emprestado pela empresa que fazia o transporte de passageiros na cidade. A distância era próxima a 5 km.

Em 1904, existiam no mundo aproximadamente 55.000 veículos.

Em 1908 foi adotada a primeira legislação referente ao licenciamento de condutores de veículo em Rhod Island

O primeiro acidente de trânsito no Brasil foi obra do poeta Olavo Bilac, em 1897, no Rio de Janeiro, ele chocou-se em uma árvore.

O grego Homero (VIII a.c.) e Leonardo da Vinci (1452-1519), chegaram a descrever o carro, mas somente em 1769 o francês Nicolas-Joseph Carnot fez o triciclo com o motor a vapor do escocês James Watt.

O Império Romano em meados do primeiro século antes de Cristo, já lidava com o congestionamento do tráfego em Roma, no qual, uma das primeiras medidas de Júlio César, foi banir o tráfego de “rodas”, durante o dia, no centro de Roma. Mais tarde, foi limitado o nº de carruagens que poderiam entrar na cidade.

Antigamente, nas cidades de Pompéia e Roma, os pedestres já eram objetos de preocupação e cuidado. As ruas da Roma antiga eram feitas de pedras assentadas uma ao lado da outra. A travessia de pedestres era feita por blocos de pedra quadrados colocados sobre a rua, um sim, um não para que as rodas das carroças e bigas passassem entre os vãos. A “faixa de pedestres”romana tinha como objetivos: a segurança, a facilidade de travessia e também a redução forçada da velocidade das carroças. Tudo isso para adaptar o ambiente ao pedestre e não ao carro.

No livro de Jô Soares,”O Homem que matou Getúlio Vargas”, em determinado trecho, fala sobre a utilização de táxis para o transporte de soldados franceses para o front da batalha durante a 1ª guerra mundial. Na verdade, foram encomendados pelo governo Francês, 1.200 veículos a fábrica Renault ,que entregou o pedido com o modelo Renault AG 8 cv de 2 cilindros, que transportaram 5.000 soldados. Os táxis ficaram conhecidos como os “Taxi de Marne”.

A primeira estrada macadamizada do continente surgiu em a 23 de julho de 1861 com a rodovia União Indústria (ligava os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais), com 144 km de extensão, sendo 96 km no estado do Rio de Janeiro e 48 km em Minas Gerais

Uma pessoa atropelada a uma velocidade de 60Km/h equivale a uma queda do 11º andar de um prédio, a 80Km/h do 20º andar e se for a 120Km/h como se fosse do 45º andar.

O primeiro Código de Trânsito do Brasil, foi o Decreto -Lei nº 3.671 de 25 de setembro de 1941, mas de maneira esparsa, algumas Leis já tratavam do trânsito desde 1910, como Decreto nº 8.324 de 27 de outubro daquele ano, que cuidava do serviço subvencionado de transporte por automóveis.

O norte-americano Irv Gordon completou dois milhões de milhas em um automóvel Volvo, durante as comemorações dos 75 anos da marca sueca. O livro dos recordes registrou a proeza. O morador de Long Island e professor aposentado de ciências alcançou um feito que nenhum outro indivíduo realizou nos mais de 100 anos do automóvel: dirigir dois milhões de milhas (cerca de 3,240 milhões de quilômetros) com o mesmo veículo.

Para marcar a ocasião, Gordon dirigiu seu Volvo P1800 1966 vermelho brilhante através do coração da cidade de Nova York, na Broadway, descendo a Rua 44 em Times Square, onde era o convidado de honra de um evento da Volvo Car América do Norte.

Gordon comprou seu P1800 em 30 de junho de 1966, numa revenda da vizinhança, por US$ 4.150. As longas viagens de trabalho de Gordon (125 milhas diárias ou 200 km) e sua paixão para dirigir fizeram-no registrar suas primeiras 250 mil milhas (400.500 km) em menos de 10 anos. Em outubro de 1987, Gordon comemorou sua milhonésima milha dirigindo até o Central Park de Nova York. Alguns meses depois, se aposentou e dirigir tornou-se seu passatempo

O carro dois dias após a compra, retornou para a primeira revisão, pois no final de semana, Irv rodou 2.000 Km e “apenas” com 960.000 Km o motor foi retificado.

Aconteceu na cidade finlandesa de Raahe. Um senhor de 71 anos, que passeava de bicicleta, morreu atropelado numa estrada por um caminhão na quarta-feira 6. Duas horas depois, ocorreu outro atropelamento, na mesma estrada e apenas a um quilômetro e meio do local do primeiro acidente. A segunda vítima também estava andando de bicicleta, também foi atropelada por um caminhão e também morreu. Detalhe: os dois atropelados eram irmãos gêmeos.

O seguro de um veículo como o Jeep Grand Cherokee ou om Toyota Hilux, equivale em alguns Estados, como Rio e São Paulo, ao valor de um Ford Ka, impressionante.

Em 3 de novembro de 1982, um caminhão-tanque com combustível, explodiu dentro de um túnel, no Afeganistão, matando cerca de 1100 pessoas.

A Letônia é o País com a maior taxa de mortalidade em acidentes rodoviários com 34,7 mortes para cada 100 mil habitantes.

A rodovia que apresenta o tráfego mais intenso, com 331 mil veículos por dia, é a Interstate 405 (San Diego Freeway) na Califórnia. Pelo trecho de 1,5 Km, circulam 25.500 veículos no horário de pico.

Aconteceu em 1903 a primeira viagem de automóvel entre as cidades de São Francisco e Nova York. Levou exatos 52 dias.

O limite de grama de álcool/ litro de sangue tolerado para motoristas em alguns países

0,8 – Áustria, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Irlanda e Itália
0,6 – BRASIL
0,5 – Bélgica, Finlândia, França, Grécia, Holanda e Portugal
0,2 – Suécia
0 – Japão

Você conhece as abreviaturas do nome do seu carro? veja alguns.

Ford CLX- Confort Luxe Extra
GLX- Grand Luxe Extra

XL- Extra Luxe

RS- Racing Sport

XLT- Extra Luxe Total
GM CD- Confort Diamond
GL- Grand Luxe

GLS- Grand Luxe Special

DLX- De Luxe
VW CL- Confort Luxe
MI- Multipoint Injection

TSI- Turismo Sport Injection

GTI- Gran Turismo Injecion

O que significa…

As logomarcas dos fabricantes de veículos:

Os nomes dos modelos de veículos:

Fiesta – Festa Bora – Nome de vento
Monza – Circuito de corrida, na Itália Kadett – Cadete em alemão
Mustang – Raça de cavalo Omega – Letra do alfabeto grego
Apolo – Deus grego Del Rey – Do rei, real
Marajó – Ilha no norte do Brasil. Significa pinga em alguns lugares Corcel – Raça de cavalo
Maverick – Touro selvagem Ipanema – Rio sujo em língua indígena
Passat – Nome de vento Palio – Nome de um jogo medieval na Itália

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Brasil: um acidente a cada 30 segundos; duas indenizações a cada minuto

Os números preocupam:  40.610 mortes em acidentes de trânsito no Brasil em 2010, segundo o Ministério da Saúde, número quase 7,5% maior que o registrado em 2009. De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24%: passou de 32.753 para 40.610 mortes. Com base nesses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como 5º. País do mundo em mortes no trânsito.

Resultados divulgados pela Seguradora Líder, empresa que administra do Seguro DPVAT, mostram que as estatísticas oficiais de acidentes trarão resultados também preocupantes em 2011. O total de indenizações pagas entre janeiro e setembro superou a casa dos R$ 1,6 bilhão. O número de vítimas indenizadas aumentou aproximadamente 42% em relação ao mesmo período do ano passado.

Acerca desses números, o especialista em direito de seguros Antonio Penteado Mendonça comentou em artigo publicado recentemente no Estado de S. Paulo:

“Se as indenizações pagas representassem o total das mortes no trânsito, teríamos praticamente 150 mortes por dia, ou 6,25 mortes por hora. Além disso, teríamos diariamente 596 pessoas inválidas, ou quase 25 vítimas por hora. Só que a realidade é pior porque nem todos reclamam o seguro. São números apavorantes, em primeiro lugar pela constatação de que o trânsito brasileiro é um dos principais assassinos do País. Em segundo, porque ele é mais cruel ainda, ao deixar inválidas 107 mil pessoas a cada seis meses. E, em terceiro, mas não menos importante, porque o custo social desse quadro é muito mais caro do que o total das indenizações pagas pelo DPVAT.”

Segundo o especialista, se o trânsito não for encarado como prioridade e receber investimentos, entre eles em educação, os brasileiros continuarão sendo vítimas dos veículos e de seus motoristas.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A Europa e o Trânsito — Uma história de sucesso

No ano 2020, segundo dados da OMS e do Banco Mundial, o número de mortos em decorrência de acidentes de trânsito poderá superar as vítimas de aids e de derrame cerebral
globoesporte.globo.com
Jean Todt, desde 1993 chefe da Escuderia Ferrari que com Michael Schumacher marcou época e atual presidente da FIA, em entrevista à revista alemã “ADAC Motorwelt” de outubro comenta: “No ano de 2009  morreram no mundo 1,3 milhão de pessoas em acidente de trânsito e 90% destas vítimas morreram nos países do Terceiro Mundo. Caso não tomarmos medidas, esta cifra poderá aumentar a 2 milhões até o ano de 2020.”

Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial, além dos mortos deverão ser contabilizados mais 50 milhões de feridos anuais e já há prognósticos de que até o ano de 2020 o número de mortos no trânsito poderá superar as vítimas da aids e do derrame cerebral juntos. Ambas as afirmações, a de Jean Todt e a da OMS, são alarmantes.

Apesar das vicissitudes com as quais a Europa se confronta, este Continente mesmo assim tem histórias de sucesso que merecem ser discutidas, comentadas e divulgadas. Uma destas é a obstinação com a qual países europeus trataram e seguem tratando de   melhorar a segurança viária. Nesta área a maioria dos 27 países da Comunidade Europeia tem feito progressos dignos de registro. Mesmo países como Portugal e Grécia que, antes de se filiarem à CE em 1986, eram lamentáveis campeões mundias em estatísticas de mortos também  fizeram, desde então, enormes progressos. Na Alemanha começou-se a registar as estatísticas de acidentes no trânsito já no ano de 1957. Outros países seguiram o exemplo nos anos subsequentes. A tabela a seguir mostra o desenvolvimento em  alguns países da CE. As cifras  dos países europeus não incluídos nesta tabela são, sem excessão, decrescentes.


O total de pessoas mortas no trânsito em 15 países da CE em 1980 foi de 63.644. Em 2008 esta cifra baixou para  25.427, o que corresponde a um decréscimo de 60% no período de 28 anos.  Por razões práticas partimos do ano de 1980 pois alguns países somente começaram com a coleta de dados no fim da década de 70 e os dados de outros, antes desta data, não são confiáveis. 

A Alemanha, por exemplo, no ano de 1980 registrou 15.050 mortos. Naquele ano  havia no país 27,1 milhões de veículos em circulação.  Em 2008 o número de veíiculos em circulação cresceu para 49,3 milhões de unidades, mas foram registrados “apenas” 4.477 mortos. Em outras palavras, aumentou consideravelmente o número de veículos em circulação e aumentou o número de acidentes, mas decresceu o número de mortos. Eis os números da Alemanha:


(Nos países do Terceiro Mundo este desenvolvimento é inverso: quanto mais veículos, tanto mais mortos).

Felizmente este desenvolvimento satisfatório não é somente um desenvolvimento da Comunidade Europeia. Outros países não europeus também registram números decrescentes. Vejamos alguns exemplos:


Uma comparação internacional de acidentes com mortes por 100 mil habitantes revela índices  mais convincentes:


A média da Europa 27 (CE) é de  7,9; na África este índice é de 28,3 e nos países ao leste do Mediterrâneo 26,3, o que confirma as observações de Todt .

Fenômeno interessante pôde ser registrado na Alemanha que, desde o ínício dos registros no ano de 1957, sofreu uma excessão em sua estatística decrescente: logo após a Reunificação em 1990  houve um crescimento tanto em número de acidentes como em número de mortes conforme mostra o gráfico seguinte:


O maior aumento em número de vítimas registrou-se exatamente no ano seguinte à Reunificação, isto é, de 1990 a 1991 conforme mostra a tabela acima. Mas já no ano 2000 este número baixou para índices antes da Reunificação. O aumento registrado a partir do ano de 1991 deve-se ao fato de que, de uma dia para outro, houve maior número de automóveis em circulação  e houve mais acidentes. Além disso as estradas na  Alemanha Comunista estavam em péssimas condições e os veículos, do ponto de vista técnico, com um deplorável atraso de mais de meio século.

São vários os fatores que contribuíram para a redução de vítimas na Europa: em 1974 foi introduzido na Alemanha o uso obrigatório do cinto de segurança e só esta medida reduziu em um terço os acidentes fatais (e ainda há motoristas que se negam a usá-lo) e diminuíiram sensivelmente os acidentes com ferimentos graves. Graças à eletrônica foram introduzidos novos dispositivos de segurança que tornaram os veículos mais seguros. Os países europeus investiram enormes somas em construção e melhoramento de rodovias. Muitas montadoras e entidades particulares oferecem cursos de direção segura e as autoridades responsáveis não poupam esforços em campanhas e esclarecimento públicos. Os resultados são visíveis mas, mesmo com tal progresso, os esforços continuam.

Apesar dos melhoramentos técnicos introduzidos na construção automobilística o condutor continua sendo a “peça” mais importante e ao mesmo tempo a “peça” mais fraca do automóvel. Estudos realizados em vários países da Europa revelam que em 99% dos acidentes a falha é humana, ou seja, do condutor. Vale, portanto, mudar o condutor, ou melhor, o seu comportamento. Mas, como sabemos, é esta a “peça” mais difícil de mudar. Isto não é um problema europeu. É universal.

**(Os dados citados nesta matéria são do Bundesantalt für Strassenwesen, uma autarquia alemã ligada ao Ministério dos Transportes. Para o leitor que quiser se aprofundar as informações estão disponíveis em alemão e inglês. Site: www.bast.de).